Não é o outro quem tem de mudar, sou eu.
Não posso esperar que as coisas mudem para melhor, se eu não mudar para melhor.
‘Se’ faz parte não de uma realidade incondicional e
garantida.
Se é algo que pode tornar-se ou não.
Eu tenho de trabalhar com o presente e um futuro que
só depende de minhas possibildades. Eu tenho de ser melhor para mim.
Eu tenho de ser gentil e respeitoso para comigo mesmo.
Esta atitude vai se refletir no outro, fazendo com que ele me respeite ou se
afaste.
A ideia do afastamento dá um frio na barriga. Que faço
sem o outro? Mas... e daí... se eu o perder? E daí que não se perde o que não
se tem. Não se perde o que não nos pertence. E ninguém nos pertence.
Nem adianta zangar-se, magoar-se. A atitude zangada
incita atitude igual; a mágoa desperta desprezo, desrespeito. Revidar inicia um
jogo sem regras, onde quem grita mais alto ganha, aparentemente.
Não se preocupe com a escolha adequada de palavras.
Simplesmente fale.
As crianças não aprenderam a elaborar conceitos restritos
a regras determinados pelos outros. Ainda. Seu vocabulário é por um tempo, cada vez mais curto, isento
de censura. Diz o que pensa. Nem tudo, pois faltam palavras. Expresse-se como
elas, sem floreios, mas com convicção. Infelizmente esta convicção pode ser
abalada desde cedo, quando vem a primeira censura, a primeira rejeição, que não tem muito a ver com o que expressamos, mas com a reação ao que foi dito.
Lembro de que uma pessoa referiu-se a uma opinião
expressa por ela em relação a um político, e recebeu uma critica contundente do
amigo ouvinte, dizendo-lhe que deveria abster-se de dar suas opiniões sem
conhecer a realidade do que afirmava. Indignado exigiu que o respeitasse e às
convicções de outros que tinham opinião contrária. Surpeendeu-me a reação dela,
concordando com ele.
Ele impôs respeito e levou-a a pensar.
Tenho percebido que quando eu exprimia minha opinião e
ela era contestada, eu me perturbava, tornava-me defensiva e zangada. Era meu
Ego que reagia. Faltava-me convicção, não teimosia, para dignamente manter meu
ponto de vista. O Ego é vulnerável as intromissões dos outros. Esta é discussão
inútil.
Percebi que para manter meu ponto de vista, preciso confiar
plenamente nele, não como verdade máxima, mas como algo em que acredito naquele
instante.
Aprendi que devo ser flexível, não submissa às ideias
impingidas pelos outros, mas aberta a possibilidades que contribuem para minha
felicidade e crescimento.
Vânia
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