quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

MEU EU PIGMEU

Observo a mulher no espelho e pergunto, sabendo de antemão que ela não sabe a resposta, que ela sequer reconhece em mim, naquela que a encara, ela mesma, só que muito mais velha.
Pergunto: "Por que você não cresce? Não se basta? Não guarda para si suas dores, suas inseguranças? Por que não se impõe com serenidade, mas com firmeza? Porque precisa tanto que a aprovem, que a amem de uma forma incondicional? Porque não aceita as imperfeições dos outros, suas aparentes injustiças? etc... 
Ela me olha com um olhar desamparado. Tudo que quer é que a tranquilizem, nem tanto com um abraço, mas com um tom de voz sereno , gentil. Ela quer que o mundo seja bom, calmo, justo.
O que fazer com ela? 
DESISTO... por enquanto.

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