segunda-feira, 11 de maio de 2015

CHUVA

Na segunda-feira até a chuva surpreende ao descer em um ritmo novo. 
Não obedece ao  traço vertical costumeiro.
Na verdade não cai... rodopia em um valsa de minuto nos salões do céu, branco de tão lavado.
Posso imaginar dervixes em transe, rodando vertiginosamente com suas saias rodadas e molhadas de chuva. 
Segue os passos da música do vento.
Depois cai tão levemente que parece pairar no ar como asas de beija-flores invisíveis.
Cai serenamente em uma meditação silenciosa na manhã de segunda-feira.


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