Quando os ânimos estão
exaltados, o bom senso é o primeiro a tombar em batalha – o que, infelizmente,
não significa que ele esteja a salvo quando tudo parece calmo.
Na verdade, o
pensamento sensato é uma das mais contraintuitivas habilidades humanas.
Agir e pensar contra os impulsos,
as ideias preconcebidas ou aquilo que se aprendeu a acreditar exige esforço e
alguma humildade. Não é natural, mas pode ser treinado.
O filósofo Daniel C. Dennett, que propôs uma das mais contraintuitivas teorias do pensamento ao questionar o conceito de “livre arbítrio”, escreveu um artigo no jornal The Guardian em que apresenta sete regras bastante úteis
O filósofo Daniel C. Dennett, que propôs uma das mais contraintuitivas teorias do pensamento ao questionar o conceito de “livre arbítrio”, escreveu um artigo no jornal The Guardian em que apresenta sete regras bastante úteis
no mundo real e nas redes sociais, nestes dias em que a paixão e a
irracionalidade do estádio de futebol parecem ter migrado para o debate
político.
As sete ferramentas do pensamento crítico, segundo Dennett, são
as seguintes:
1) Saiba errar
Todo erro oferece uma oportunidade de aprendizagem, mas para isso é preciso ter honestidade intelectual e disposição para corrigir a rota.
2) Respeite o adversário
Se você quer ser ouvido, experimente ouvir os outros e considerar seus argumentos antes de dar a eles uma resposta pronta – ou um coice. Não seja pedante, cínico, arrogante: essa é uma péssima propaganda para as suas ideias.
3) “Evidente”, só que não
Desconfie de expressões como “evidentemente” quando elas não vêm acompanhadas dos argumentos que detalham o que era para ser óbvio – e quase nunca não é.
4) Responda perguntas retóricas
Como o “evidentemente”, as perguntas retóricas não servem para nada e ainda desviam o rumo do debate: “Quem pode dizer o que é certo ou errado?”. Qualquer um.
5) Observe a Lei da Parcimônia
Se algo pode ser explicado em poucas palavras e de forma simples, dispense as argumentações longas e extravagantes.
6) Lembre da Lei de Sturgeon
Theodore Sturgeon (1918 – 1985) foi um autor de ficção científica e cunhou a seguinte frase: “90% de tudo é bobagem”. Dennett concorda que isso pode ser um exagero, mas sugere que não se perca tempo com argumentos que não se sustentam.
7) Fuja do “profundismo”
Reconheça pensamentos supostamente profundos que são apenas banais. Dennett criou a expressão “deepity” para definir aquele tipo de frase que parece bonita, mas na verdade é apenas vazia, tipo “o amor é só uma palavra” ou “a felicidade está nas pequenas coisas”. O “profundismo” é tudo menos “profundo” – e talvez por isso faça tanto sucesso nas redes sociais e nas mesas de bar.
1) Saiba errar
Todo erro oferece uma oportunidade de aprendizagem, mas para isso é preciso ter honestidade intelectual e disposição para corrigir a rota.
2) Respeite o adversário
Se você quer ser ouvido, experimente ouvir os outros e considerar seus argumentos antes de dar a eles uma resposta pronta – ou um coice. Não seja pedante, cínico, arrogante: essa é uma péssima propaganda para as suas ideias.
3) “Evidente”, só que não
Desconfie de expressões como “evidentemente” quando elas não vêm acompanhadas dos argumentos que detalham o que era para ser óbvio – e quase nunca não é.
4) Responda perguntas retóricas
Como o “evidentemente”, as perguntas retóricas não servem para nada e ainda desviam o rumo do debate: “Quem pode dizer o que é certo ou errado?”. Qualquer um.
5) Observe a Lei da Parcimônia
Se algo pode ser explicado em poucas palavras e de forma simples, dispense as argumentações longas e extravagantes.
6) Lembre da Lei de Sturgeon
Theodore Sturgeon (1918 – 1985) foi um autor de ficção científica e cunhou a seguinte frase: “90% de tudo é bobagem”. Dennett concorda que isso pode ser um exagero, mas sugere que não se perca tempo com argumentos que não se sustentam.
7) Fuja do “profundismo”
Reconheça pensamentos supostamente profundos que são apenas banais. Dennett criou a expressão “deepity” para definir aquele tipo de frase que parece bonita, mas na verdade é apenas vazia, tipo “o amor é só uma palavra” ou “a felicidade está nas pequenas coisas”. O “profundismo” é tudo menos “profundo” – e talvez por isso faça tanto sucesso nas redes sociais e nas mesas de bar.
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