"Dias suportáveis e submissos, nos quais
nem o sofrimento nem o prazer se manifestam, em que tudo apenas
murmura e parece andar
na ponta dos pés.”
Hermann Hesse
Um poema inspirado no tema acima.
Passei a apreciar a rotina
Passei a apreciar a rotina
De um caminho sem desvios,
E encruzilhadas.
Não é preciso escolher o rumo,
O caminho escolhe por mim.
Cansei do improviso,
Prefiro o planejado
De antemão.
Na contra mão
Nem penso andar.
Conheci o desespero,
O temor do inesperado.
O temor do inesperado.
Por isso não espero.
Vivi a inquietação, o insuportável,
Tanto que o suportável,
até mesmo o tédio
e a solidão das tardes quietas,
aprendi a chamar de paz.
até mesmo o tédio
e a solidão das tardes quietas,
aprendi a chamar de paz.
Não ouso alterar este estado de coisas,
Piso de mansinho com meus chinelos de espuma,
Nada de acordar o animal que dorme,
Tremo de pensar que
Em sua garganta há de restar
Em sua garganta há de restar
uma força vital, que ao se soltar,
É um URRO.
Por isso cochicho,
não atravesso o limite
do sussurro.
Hoje não corro,
para não despertar
o sossego.
Me chego de mansinho,
com tato e delicadeza.
caminho, sem pressa,
com muita leveza,
na ponta dos pés.
Vânia - agosto.
É um URRO.
Por isso cochicho,
não atravesso o limite
do sussurro.
Hoje não corro,
para não despertar
o sossego.
Me chego de mansinho,
com tato e delicadeza.
caminho, sem pressa,
com muita leveza,
na ponta dos pés.
Vânia - agosto.
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