Passa do meio dia.
Eu o espero,
pois amanheceu claro e bonito.
Sei que vem.
Vem silencioso,
Desenhando claridades
Recortando rendas
Em meu quarto azul.
E se esparrama
em minha cama
Para o cochilo
Costumeiro da tarde.
Convida-me a deitar junto dele.
Digo que não, relutante,
Tentada pela quentura
Suave da coberta ao toque
Do olhar.
Digo que não.
É preciso estar atenta
Para que o momento mágico
Não escape de meus olhos
E o anoitecer não me surpreenda
Antes que ele,
Meu visitante da tarde,
Se vá ... mais uma vez.
Em uma tarde de sol, depois das doze
horas, quando maio já termina.
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