Gosto de vento,
de leveza e
transparências.
Lenços de seda
Vestidos de renda
Laços de organza
Cortinas de voile
Dosséis de filó...
Ah!
Brincávamos com eles
Fazendo de conta que eram véus de noiva,
As cortinas, cabeleiras que o vento despenteava.
E o vento levou
o sonho...
Nuvens esfarrapadas
Desfiadas pelos galhos secos das árvores no inverno.
Mas ainda gosto de leveza
E transparências.
Palavras suaves,
Que tenham sons leves,
E não arranhem meu dia.
Cortinas transparentes
Que cubram meus olhos cansados,
Que disfarcem os duros contornos
Da vida,
Mas não me impeçam de olhar
Atentamente.
16 de agosto
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