Hoje ao acordar, lembrei que havia
deixado a pia cheia de louças para lavar na cozinha.
Uma preguiça acompanhada de mau humor
me acompanhou arrastando os pés até a cozinha.
Aí me ocorreu meu pedido de Natal,
quando cada um de nós, na família, fez o seu. Era: que eu tenha mais paciência
comigo, com os outros, com a vida. Pedi também por mais justiça no mundo.
Então pensei em pôr em prática, pois
não basta pedir: é preciso agir. E comecei a lavar a louça num ritmo lento, sem
atropelar, como faço sempre e, repetindo uma oração, a velha e conhecida de
todos nós. No final usava o refrão: Daí-me paciência, Senhor.
Ao terminar, satisfeita por haver
conseguido não só manter a calma, mas por sentir-me estranhamente pacificada, acrescentei
ao meu pedido de Natal:
Dai-me paciência, Senhor, mas
principalmente, ajuda-me a ter paciência com a injustiça.
E que eu não julgue os outros e nem a
mim, tentando apenas fazer a minha parte: melhorar como ser humano.
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