quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

ETERNO PRESENTE

Não há passado nem futuro onde me encontro agora.
Eu me equilibro da linha tênue que divide o milésimo de segundo passado e o milésimo de segundo futuro.
O instante que passou já é lembrança; e o instante seguinte pertence ao que há de vir, e pronto.

Ainda que a imagem que contemplo pela janela seja a mesma de antes e de depois, o olhar que contempla nunca mais será o mesmo. O que eu sentir e pensar determinará meu olhar.
Estou em eterna mudança no eterno presente em que vivo.
A paisagem vista através da janela do trem não se move e modifica no instante em que a absorvo. 
Eu é que me transformo e me movo enquanto a atravesso.

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