terça-feira, 31 de dezembro de 2013
ANO NOVO - UM DIA COMO QUALQUER OUTRO
Ano novo?
Acho que por alguma razão não gosto de sair da rotina nem de novidades.
Mudanças alteram meu relógio interno. Os ponteiros enlouquecem e desorganizam minha mente que necessita de linearidade, continuidade.
Sempre fui assim? Não.
A surpresa me movia. Ativava a adrenalina, rompia com a monotonia de meus dias sem grandes novidades e responsabilidades.
Tudo isto mudou.
Mudanças de ritmo me fazem perder o passo e me confundo na dança.
Anseio pela hora em que tudo termina e me recolho com um livro até que o sono vença minha última resistência de ficar acordada.
Ano novo? Não gosto, porque, além de quebrar minha rotina, vem com um enlouquecedor calor, que derrete qualquer ânimo que, como o meu, já não é dos melhores.
Quero que ele passe como uma lufada de vento. Quero passar por ele invisível, despercebida até por mim.
Não quero me ver como aquela pessoa excêntrica, que esquece de abraçar, só porque tem de abraçar, que se constrange com o entusiasmo dos outros e, que para não passar por chata, faz de conta que gosta.
Feliz ano novo.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
A TIRANIA DA FELICIDADE
Quem diria que a obrigação de ser feliz se tornaria um novo motivo para o sofrimento?
Ser feliz passa a ser um dever e sofremos ao constatarmos o quanto é difícil cumpri-lo.
Só pelo fato de tornar-se uma obrigação passa a ser um peso e um desafio.
Freud disse que não fomos feitos para ser felizes. Exulto, não porque é bom ser infeliz, mas porque, se ele disse, é porque este é um estado mais do que comum, não só um defeito meu..
Segundo o livro que inspirou-me este texto, alguém comentou o caso de um belga chamado Fréderic, sobre o qual ouviu falar no Havaí. Bom... ele viajou por muitos lugares interessantíssimos, com o objetivo de escrever roteiro para viajantes. Quando alguém perguntou-lhe qual era o melhor lugar para se conhecer, a resposta foi: "É tudo nojento". "Na verdade, nada vale muito a pena".
A conclusão de Flávio Arruda que contou este caso, foi que a gente não foi feito para estar satisfeito. Quem está em um escritório, gostaria de estar viajando; quem está viajando, gostaria de levar de vez em quando uma vida pacata de escritório. quem casou inveja a vida do solteiro; quem não casou, gostaria de estar casado.
O autor do livro diz que talvez o problema esteja, além de outros fatores externos, em nossa inaptidão para a felicidade. Diz que, vez por outra, com ou sem motivo concreto, as pessoas ficarão mais ou menos tristes, e que se isto não acontecer com alguém, ele estará tão doente e desligado da realidade quanto aquele que quase nunca consegue estar feliz.
Infelizmente, nossa sociedade de consumo cria uma expectativa que jamais é alcançada. O que o outro tem ou as novidades que surgem nos fazem crer que o outro consegue ou o que surge de novo é sempre mais desejável.
O jeito, me parece, se é que há um jeito, é tentar descobrir nosso ritmo e dançar segundo nossa música interna.O que move cada um não é o que move todos os outros. Descobrir o que realmente está nos faltando, que vazio estamos tentando preencher, o que realmente nos faz falta é um começo
.
Diz o autor que um dos maiores desafios do homem ocidental é conseguir tornar interessante o seu cotidiano.
E, principalmente, penso eu, entender que o que é interessante para mim não é necessariamente para outro.
Quando deixarmos de nos comparar com as outras pessoas e copiar o que elas fazem de "interessante", estaremos desviando o olhar do exterior para o interior, onde nós estamos, a espera de que nós nos aceitemos do jeitinho que somos.
Do livro: Quem ama não adoece. De Dr. Marco Aurélio Dias da Silva.
Ser feliz passa a ser um dever e sofremos ao constatarmos o quanto é difícil cumpri-lo.
Só pelo fato de tornar-se uma obrigação passa a ser um peso e um desafio.
Freud disse que não fomos feitos para ser felizes. Exulto, não porque é bom ser infeliz, mas porque, se ele disse, é porque este é um estado mais do que comum, não só um defeito meu..
Segundo o livro que inspirou-me este texto, alguém comentou o caso de um belga chamado Fréderic, sobre o qual ouviu falar no Havaí. Bom... ele viajou por muitos lugares interessantíssimos, com o objetivo de escrever roteiro para viajantes. Quando alguém perguntou-lhe qual era o melhor lugar para se conhecer, a resposta foi: "É tudo nojento". "Na verdade, nada vale muito a pena".
A conclusão de Flávio Arruda que contou este caso, foi que a gente não foi feito para estar satisfeito. Quem está em um escritório, gostaria de estar viajando; quem está viajando, gostaria de levar de vez em quando uma vida pacata de escritório. quem casou inveja a vida do solteiro; quem não casou, gostaria de estar casado.
O autor do livro diz que talvez o problema esteja, além de outros fatores externos, em nossa inaptidão para a felicidade. Diz que, vez por outra, com ou sem motivo concreto, as pessoas ficarão mais ou menos tristes, e que se isto não acontecer com alguém, ele estará tão doente e desligado da realidade quanto aquele que quase nunca consegue estar feliz.
Infelizmente, nossa sociedade de consumo cria uma expectativa que jamais é alcançada. O que o outro tem ou as novidades que surgem nos fazem crer que o outro consegue ou o que surge de novo é sempre mais desejável.
O jeito, me parece, se é que há um jeito, é tentar descobrir nosso ritmo e dançar segundo nossa música interna.O que move cada um não é o que move todos os outros. Descobrir o que realmente está nos faltando, que vazio estamos tentando preencher, o que realmente nos faz falta é um começo
.
Diz o autor que um dos maiores desafios do homem ocidental é conseguir tornar interessante o seu cotidiano.
E, principalmente, penso eu, entender que o que é interessante para mim não é necessariamente para outro.
Quando deixarmos de nos comparar com as outras pessoas e copiar o que elas fazem de "interessante", estaremos desviando o olhar do exterior para o interior, onde nós estamos, a espera de que nós nos aceitemos do jeitinho que somos.
Do livro: Quem ama não adoece. De Dr. Marco Aurélio Dias da Silva.
sábado, 21 de dezembro de 2013
VERDADEIRA COMPANHIA
Verdadeira companhia é a que chega sem que nos sintamos interrompidos,
que se demora, sem que nos entedie,
que se afasta para nos dar espaço para refazimento,
que mesmo sem falar preenche nossos silêncios,
que nos deixa a vontade como se estivéssemos com nós mesmos.
É a que preenche nossos cantos vazios, deixando espaço para outros amigos.
É a que não nos constrange com seu silêncio, porque é acolhedor.
Que sem concordar conosco, não nos censura.
Que nos faz sentir envolvidos, sem nos abraçar.
Que está conosco sempre, independente da distância.
Que não deixa dúvidas
sua amizade é uma certeza que nos enraiza,
ainda que nossos ramos mais altos voem com o vento.
s[abado 21 de dezembro.
domingo, 15 de dezembro de 2013
CURA
A cura se dá pela conscientização, pela clareza mental a respeito do que aconteceu conosco no passado.
É uma espécie de exumação das lembranças, que determinaram nosso presente.
Nesta análise só podemos assumir nossa responsabilidade para que as coisas se dessem como aconteceram. A responsabilidade dos outros vai depender de sua compreensão de como seus atos repercutiram em nossa formação.
O segundo passo é a aceitação do que foi feito conosco, o que só é possível depois de um distanciamento emocional. Aqui não entra o livre arbítrio, no que se refere ao que nos foi causado. O livre arbítrio está em esquecer ou não, superar ou não, perdoar ou não.
Lidamos com pessoas diferentes, com vários graus de compreensão e conscientização. O aprendizado é não tentar fazer que pensem como nós, e buscar os afins para que nã
Terapia esclarece, mas o trabalho de lidar com nossas reações é nosso. Isto é livre arbítrio.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
O AGORA
Muita gente é assim.
O pensamento vai para o passado feito de lembranças e para o futuro feito de incertezas.
E o momento presente torna-se, infelizmente, aquele presente que a vida dá para a gente e que só é desembrulhado depois, quando já não é mais agora.
“Ao concentrar toda sua atenção ao momento presente, uma inteligência muito superior à inteligência da mente autocentrada entra no comando da sua vida. Sua ação presente se torna não só muito mais eficaz, como infinitamente mais satisfatória e gratificante”.
Eckart Tolle. A paz do silêncio.
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