sexta-feira, 25 de outubro de 2013

BONDADE E LEVEZA



Tudo o que é bom é leve; tudo o que é divino corre em pés delicados." Nietzsche.


Pode-se associar bondade à leveza sempre?
Nem sempre. 
Às vezes leveza tem um ar de superficialidade, e bondade tem uma aparência dura e firme.
Por isso nos deixamos seduzir pelo que nos parece leve e delicado.
Rejeitamos o que é áspero e pesado.

Minha mãe não era leve nem delicada; tinha mão pesada e ligeira; a voz não se ajustava a cantigas de ninar.
Não havia, desde quando eu lembre, suavidade nela e seus olhos refletiam uma certa dureza das safiras azuis.

Mas eu sei que ela daria a vida por mim. 
O melhor do que havia na mesa e na casa, reservava para mim. O que sonhava para si mesma, ofereceu a mim, ainda que não fosse aquilo que eu  mesma desejasse. Do jeito dela, era boa comigo, embora eu ansiasse por mais leveza e liberdade.
Do jeito dela, ela me amava sim.
E para amar não é preciso um tanto de bondade?

2 comentários:

  1. Um pensamento bem verdadeiro, eu acrescentaria que tudo o que é bom passa infelizmente tão rápido.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria

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  2. Obrigada, Maria, por comentar. Meus amigos não são muito afeitos a blogs, estas coisas. Abraço

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