terça-feira, 25 de agosto de 2015

SOLIDÃO





Pela rua silenciosa
Passeia
Minha solidão

Sou uma sombra
Que passa

Sem peso,
Sem som,
Sem chão.

Suspensos
Meus passos
Não chamam atenção.

Eu passo
Não piso,
Deslizo
Pegadas
não deixo
Na rua de asfalto,
Barulho de saltos
não há.



A noite se adensa
As luzes acendem
Nas casas.

Invade
O olhar
Curioso,
Através das janelas.

Abertas, iluminadas,
São olhos escancarados
Em pura contemplação.



Em qual delas te escondes
Onde te ocultas de mim?

Onde?
“Onde” escuto,
Fora ou dentro,
Não sei.

Não sei se ouço
Ou se sinto.

É um sussurro


Ah!
Sou eu

Que ainda chamo por mim.

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