Pela rua silenciosa
Passeia
Minha solidão
Sou uma sombra
Que passa
Sem peso,
Sem som,
Sem chão.
Sem chão.
Suspensos
Meus passos
Não chamam atenção.
Eu passo
Não piso,
Deslizo
Pegadas
não deixo
Na rua de asfalto,
Barulho de saltos
não há.
não há.
A noite se adensa
As luzes acendem
Nas casas.
Invade
O olhar
Curioso,
Através das janelas.
Abertas, iluminadas,
São olhos escancarados
Em pura contemplação.
Em qual delas te escondes
Onde te ocultas de mim?
Onde?
“Onde” escuto,
Fora ou dentro,
Não sei.
Não sei se ouço
Ou se sinto.
É um sussurro
Ah!
Sou eu
Nenhum comentário:
Postar um comentário